quinta-feira, 16 de abril de 2009

O BANCO DAS COISAS

O BANCO DAS COISAS
Um conceito novo, moderno, inovador e completamente original.

- Gil Valério Branco -


O Banco das Coisas é um projecto de implementação muito fácil, barata e simples, com gestão e regulação municipal.

O que é?

É um Banco de coisas. Um Banco de peças e objectos de todas as categorias, que possam ser úteis, pesa embora o facto de já terem sido usadas.

Como se constitui?

Com o donativo inicial de tudo o que existe lá em casa e já não precisamos, seja porque razão for, mas ainda continua em bom estado. Desde roupa quase nova a pequenos electrodomésticos, desde livros a computadores, desde discos a telemóveis, desde brinquedos e mobílias, a frascos e faianças.

O que é que não é depositável?

Por razões óbvias de segurança, animais, produtos perecíveis, peças e objectos sujos, perigosos, defeituosos ou estragados, artigos de higiene pessoal, picantes, tóxicos, inflamáveis e serviços não são depositáveis.

Como funciona?

Com um horário normal de funcionamento, entre as 9 e as 17 horas, nos dias úteis, todas as pessoas singulares, clientes, podem fazer depósitos e ou levantamentos.

Como é que se abre uma conta?

Com o Cartão do Cidadão para registo dos dados pessoais, cada munícipe residente, com idade mínima de 3 anos, pode abrir uma conta vitalícia.
O Banco das Coisas tem demarcadamente um carácter social, cada pessoa abre uma conta com um donativo e por cada peça dada pode levantar outra peça, independentemente do valor do que deposita e do que levanta, porque os valores são sempre subjectivos e dependentes das utilizações particulares.

Para que serve?

O Banco das Coisas serve essencialmente um fim social.
Serve para educar comportamentos, implementando e responsabilizando as crianças, desde tenra idade, numa cultura pedagógica de respeito pelo outro, para que a próxima geração seja mais consciente e proactiva e menos egoísta e individualista.
Serve para limparmos as nossas casas das Coisas quase novas ou em bom estado de conservação, de que já não precisamos, e que estão a ocupar espaço desnecessariamente, mas que não queremos ou temos pena de colocar no lixo.
Serve para procurarmos algo de que tenhamos necessidade e não precise de ser novo a estrear.
Serve para desenvergonhar uma certa pobreza, remediando situações de carência sem criar constrangimentos nem cadeias de favores.
É em fim, um Banco de todos, de soluções para todos, em tempos de crise económica internacional.

O Banco dá Coisas a Crédito?

Não.
O objectivo é simplificar.
Acreditamos que todos terão algo para depositar.
Mas se assim não for, a filosofia do Banco é ajudar.
As pessoas compreenderão que se sistematicamente levantarem Coisas sem fazerem quaisquer depósitos, o Banco deixará de ter meios para continuar a existir e entrará em falência.
É importante uma sensibilização dos clientes para o facto da utilidade social do Banco vir a ser verificada ao longo do tempo, e esta manutenção ser responsabilidade directa dos depositantes.

O Banco emite cheques?

Não.
O objectivo é simplificar.
O Banco não faz quaisquer emissões, apelando a um uso ponderado do sistema de trocas directas de objecto por objecto.







Quem regula e gere a actividade do Banco?

É desejável que o Banco seja uma estrutura ligeira que não implique nem recursos financeiros nem recursos humanos.
Na maturidade, no Banco cada pessoa deverá abrir a sua conta fazendo o seu próprio registo e registando todas as suas transacções.
Todavia o regulamento do Banco é da responsabilidade do Município assim como a gestão, que tendencialmente envolverá a actividade das juntas de freguesia concelhias.

Onde se encontra o Banco?

Em virtude da inovação deste conceito, a instalação física do Banco ficará a cargo das Juntas de Freguesia do Concelho de Fronteira, que mediarão, numa primeira fase, a actividade do Banco até esta se tornar autónoma.

O Banco só existe No concelho de Fronteira?

O Banco das Coisas é um conceito exclusivo do Concelho de Fronteira com grande potencial de ser copiado por outros municípios a nível europeu “benchmarking”.
Mas mesmo que isso venha a acontecer, a estrutura será sempre local e reservada aos munícipes residentes.

Qual é a assinatura promocional do Banco?

O Banco das Coisas, onde as Coisas velhas ganham vida nova.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Indignado com a EDP

Indignação com o sistema de cobranças da EDP

Precisei de ir ao correio.
3 Pessoas à minha frente.
Duas cartinhas, uma reforma, pagar a luz…
É claro que estou indignado:
Uma mãe de alguns filhos, por causa dos famigerados acertos pagou 190€, a muito custo certamente, e depois da data, foi quando os conseguiu arranjar.
Claro que prazos são absolutamente necessários. O que está em causa é a distância entre a EDP e o cliente rural, pobre.
Como o dinheiro leva tempo a chegar aos serviços centrais da EDP a senhora recebeu mais um aviso postal, da EDP.
Já depois de ter enviado os 190€ o fornecimento de electricidade ia ser cortado, porque o dinheiro não deu entrada no sistema.
Eu sei que uma atitude proactiva por parte do consumidor pode prevenir este tipo de questões.
Mas quem é que explica?
Só para entender o Portal do Cidadão é quase preciso ter uma licenciatura.
A ideia é boa. Mas ainda há quem para lá das letras, precise mesmo de palavras ditas com paciência.
E agora, perguntava a dita senhora em conversa telefónica com um suposto operador da EDP.
Agora a senhora paga os 190€ num agente EDP e depois os 190€ que diz já ter enviado entrarão em crédito ou ser-lhe-ão reembolsados.
A senhora protestou, mas o sistema tem as suas leis próprias.
E estou certo que nessa noite, naquela casa não houve luz.
Isto passou-se em Fronteira, no início de Abril de 2009.
Oh Senhor Presidente da Junta de Freguesia!
Penso que é boa ideia ajudar a resolver casos deste género. Um serviço de utilidade pública!
Ora, pensemos juntos:
E se a JFF se propusesse como agente autorizado EDP?
Como fez a Junta em Arronches, por exemplo.
Ganhávamos todos.
A Junta sempre embolsava uns trocados e os munícipes deixavam de ter problemas, pelo menos, deixavam de ter os que são provocados por manifesta ineficácia do sistema.
E acabava-se com as injustiças à vista desarmada.
Num agente autorizado, mesmo fora do prazo, o cliente pagou! Está pago.
Fica o repto.
E a pensar bem, ainda se pode ir mais longe…
O Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Fronteira é um homem ponderado e sensível. Brevemente, no que dele depender, Fronteira terá um agente autorizado EDP.
Porque a energia é um bem público.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

O Assessor do Presidente FM rádio regional

Se cada Concelho fosse um barco o seu Presidente seria o Capitão.

Um Presidente não é o homem dos milagres, não é banqueiro, não é confessor, não é o dono do Município, não pode tudo e tal como nós, está sujeito à lei.
Mas é o responsável pelas opções das políticas locais, por toda a actividade municipal, por influenciar as entidades concelhias públicas ou privadas, a instigarem o bem comum.
Em suma, é o homem do timão, o primeiro a chegar e o último a partir, que zela pela harmonia durante a viagem do barco e que garante a sua aportagem em porto seguro.
Cada presidente faz o melhor que pode e sabe em prol das suas causas.
Agora até se poderia falar de barcos pequenos, barcos grandes, navios de cruzeiro, piratas e corsários. Trocas de embarcações, conspirações e botes de salvamento, mas remetamos tudo para as imaginações.
Este blogue transformar-se-á num programa de rádio de carácter regional e os presidentes, os candidatos a presidente e os eleitores vão ser convocados a falar.
Primeiro sonha-se, depois projecta-se e no fim objectiva-se.
Brevemente numa sintonia do quadrante FM começará a ser julgada a nossa voz.
Estão todos convidados, convocados e consignados.
Vamos conversar, porque é a falar que agente se entende.