Portal da Transparência

Desajustes Directos em Portugal  

Um amigo solicitou-me para que publicasse o seguinte artigo neste Blog.
Concordei, isto porque o Assessor do Presidente tem carácter universal.
Pode acontecer que os presidentes dos municípios de quem se fala venham cá dar uma espreitadela.
Óh Senhores Presidentes, então os senhores não estão informados sobre o Portal da Transparência?

"Portugal, País de grandes tradições e brandos costumes... pelo menos é o que muitos pensam ser verdade... até abrirem os olhos.
Para quem não é de cá, ou não sabe o que são os "ajustes directos", eu explico. Como gastar o dinheiro público é uma coisa que deve ser feita com muita
responsabilidade, a maior parte dos fornecedores das entidades públicas é seleccionada por concurso público, onde vários fornecedores apresentam a sua
melhor proposta, sendo depois escolhida a "melhor" em função de vários critérios (preço mais barato, serviços apresentados, etc.)
No entanto, como se imagina, isto é impraticável de ser feito para tudo o que uma câmara municipal, faculdade, universidade, etc. tenha que comprar. E
portanto, há coisas que são compradas directamente, a quem eles muito bem entenderem... e aparentemente, ao preço que muito bem lhes apetecer!
E finalmente, graças ao
portal da transparência
, podemos ver finalmente onde e como esse dinheiro é gasto.
(Edit: até o Público já fala disto.)
Agora, expliquem-me, porque eu devo estar a ver mal, como é que se justifica:
1) Em Vale de Cambra, quanto custou um autocarro de 16 lugares para as crianças:
2.922.000,00 €
É isso mesmo: quase 3 milhões de euros???
2) Ao menos em Alcobaça, a felicidade e alegria das crianças fala mais alto:
8.849,60€ para a Concentra
em brinquedos para os filhos dos funcionários da câmara!
Crianças... se não receberam uma Nintendo Wii no Natal, reclamem ao Pai Natal, porque alguém vos atrofiou o esquema!
3) Em Ílhavo, a informática também está cara,
3 computadores e mais uns acessórios custam 380.666,00 €
Sem dúvida, uns supercomputadores para a Câmara Municipal conseguir descobrir onde andam a estourar o orçamento.
Ó MEUS AMIGOS.... como é que é possível justificarem estas situações?
Que, como se pode imaginar, não são as únicas. Se
continuasse a pesquisar
nunca mais parava.
Só mais três exemplos.
4) Mais de 650 mil euros gastos em vinho tinto e branco
em Loures.
5) Aluguer de iluminação natalícia para arruamentos na cidade de estremoz -
1.915.000,00 euros.
6) Aluguer de tenda para inauguração do Museu do Castelo de Sines -
1.236.500,00 euros
É preciso ser doutor, ou engenheiro, ou ministro, ou criar uma comissão de inquérito, para perceber como o dinheiro dos nossos impostos anda a ser desperdiçado?
Querem mais? Divirtam-se no
portal da transparência
E ainda, para terminar, vejam lá se sabem quem protagonizou o misterioso caso do "Router de
400 euros
comprado por
35.000,00 Euros
E depois não há dinheiro. Claro que não há."