terça-feira, 28 de julho de 2009

Centro Cultural Com Vivacidade

Um Centro Cultural é um centro da cultura, de todas as manifestações artísticas dos homens e das mulheres.
Mas será que não existe cultura em Fronteira?
Pelo menos eu não a sinto vivaz.
Não tenho por vontade criticar, assumo-me muito mais como um cidadão que tenta orientar com dignidade e respeito, sempre com o objectivo de dar o melhor de mim à minha terra e a todos os que nela vivem.
Temos um Centro Cultural, temos Cultura e artistas, porque não convidá-los a dar vivacidade ao centro da cultura.
Não me conformo com o passar dos dias sem haver um projecto que motive a juventude a redescobrir-se.
A capacidade de criar e inovar dos nossos jovens está actualmente a tomar um copo no bar, porque não se tem mais nada para fazer.
E o álcool destrói lentamente a massa cinzenta. Se não, quando foi a última vez que um natural deste concelho se formou em medicina?
Só dou este exemplo, quase irónico, porque a Medicina é a carreira que exige melhores médias para ingresso, e na minha memória consciente de vinte e tais anos não me lembro de nenhum caso.
E tenho a certeza absoluta que não somos menos nem piores do que os outros, estamos é com muito menos horizontes e estímulos.
Pelo que me lembro tivemos um grupo de teatro em tempos idos, quem não tem saudades do soberbo talento do Constantino e do Lázaro?
Eu tenho. Tenho muitas saudades.
Tivemos um grupo de cantares, um rancho etnográfico, prémios revelação, temos a sensibilidade do Luís Galrito, a voz da Teresa Raquel, da Ana Luzia e temos dezenas de jovens a precisarem de algumas oportunidades para terem sucesso.
A cultura de gabinete é burocrática e não produz bons resultados, isto está mais do que visto.
Que se abram as portas do Centro Cultural, que se oiçam os interesses das crianças e dos adolescentes e que as oportunidades nasçam aqui mesmo.
Se é verdade que a inteligência move a matéria, ainda é mais verdade que a vontade demove a razão.
Haja vontade e o nosso Centro Cultural pode vir a fervilhar de gente numa homenagem merecida ao passado com os olhos postos no amanhã.
Que venham artistas novos, da Pintura, da Fotografia, do Cinema, da Representação, do Desenho, da Escrita, da Dança.
É preciso fazer classes de conjunto, seminários ilustrativos, workshops e desenvolver aulas no campo das artes, semear, semear, que depois os frutos naturalmente aparecerão.
Esta é a minha concepção de gestão pública, que coloca o bem-estar e a qualidade de vida de todos os cidadãos acima de tudo.
E acreditem, o passado já passou, o futuro ninguém o tem certo e o único momento que vale mesmo a pena é este: o presente.
Chega de recordar, basta de lamentar, faça-se agora, já!
Porque me parece estar muito por fazer…

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